Envelhecimento precoce da boca é a perda de estrutura mineral dos dentes (esmalte) muito precocemente, o que está intimamente relacionado com o estilo de vida atual.
Mas por que nossos dentes estão envelhecendo cedo demais?
Em um processo normal de envelhecimento, a perda da estrutura dura (esmalte) que protege os dentes é compensada pelo aumento da camada interna de proteção (dentina), em um processo fisiológico que evita desconforto e problemas bucais.
No envelhecimento precoce, há perda de estrutura mineral dos dentes (esmalte), muito precocemente. Uma vez que o esmalte do dente é perdido, a dentina é exposta e com isso vem a dor. A gengiva se retrai precocemente, e a lesão evolui para uma cavidade, que vai se aprofundando até a perda do dente. Também conhecido como doença não cariosa porque há perda de estrutura do dente, mas sem a presença de cárie, doença que ocorre dependente da presença de bactérias. Infelizmente hoje essa síndrome está presente em 30% da população jovem entre 25 e 30 anos.
A SEPB é uma associação de alterações da saúde bucal provocadas por doenças sistêmicas de diferentes origens, influência de novos hábitos e/ou mudança de estilo de vida. A pessoa com SEPB apresenta a cavidade oral com aspecto envelhecido patologicamente, como se a boca estivesse mais velha que o corpo.
As estruturas bucais como dentes, polpa, periodonto (gengiva e osso), apresentam alterações como desmineralização, trincas, hipersensibilidade, cavitações, reabsorções, recessão gengival…
Os principais fatores de risco são: doenças como gastrite, refluxo, anorexia, depressão, ansiedade, esofagite, além de fatores como pacientes pós bariátrica, obesidade, insônia, ronco, Bruxismo do sono e de vigília, uso de medicamentos específicos, dietas muito ácidas como as esportivas, vegetarianas, “junk food”, consumo excessivo de frutas cítricas, dependentes químicos e muitos outros fatores!
Esses pacientes normalmente têm hábitos de higiene bucal adequados, mas apresentam queixa de sensibilidade nos dentes, amarelamento, retrações.
O maior grupo reúne os indivíduos com algum tipo de doença gástrica, como refluxo e úlcera; que se submeteram a cirurgia bariátrica; ou utilizam balão intragástrico. São pacientes que apresentam degradação biocorrosiva do esmalte e da dentina causada pelo ácido clorídrico do estômago. Muitas vezes esses fatores estão associados ao bruxismo o que agrava o quadro. Em seguida, vêm os atletas amadores cuja nutrição esportiva inclui um grande volume de bebidas cítricas. E o consumo cada vez maior de água com limão espremido, para aumentar o metabolismo, além de chás verdes e isotônicos: são substâncias que degradam o esmalte, por isso é indispensável um relatório da dieta alimentar do paciente, que terá que usar um creme dental que dificulte a ação corrosiva.